Vasco Batista – Polónia – Cracóvia
Vasco Batista- Polónia – Cracóvia
1 – Gostaria de saber a sua idade, naturalidade.
Olá, sou o Vasco Baptista e tenho 24 anos. Sou natural de Ourém, uma cidade situada no centro de Portugal, bem próxima de Fátima.
2 – Pode-nos falar um pouco sobre o seu percurso académico e profissional?.
Como desde miúdo sempre tive uma grande queda para a electrónica, iniciei o meu percurso académico na Universidade de Aveiro. Concluí em 2011 o Mestrado Integrado em Engenharia Electrónica e Telecomunicações. Desde 2009 a inicios de 2011 fiz parte do programa de mobilidade ERASMUS em Łódź na Polónia.
Realizei na mesma empresa um estágio para acesso à Ordem dos Engenheiros, da qual sou membro desde 2012.
Neste momento encontro-me a trabalhar como engenheiro de software na empresa Nokia Siemens Networks em Cracóvia, na Polónia.
3 – Foi sempre seu desejo viver e trabalhar fora de Portugal ou tratou-se de uma necessidade?
4 – Conhecia alguém em Polónia que tenha ajudado na sua integração?
De qualquer forma, desde 2009, fiz muitas amizades com Polacos e Polacas, que sempre se mostraram dispostos/as a ajudar em qualquer situação que fosse necessário.
5 – A Polónia foi um dos países mais afectados pela segunda guerra mundial. Sente que ainda sofrem as consequências desse ataque?
Um dos pontos a notar também, são as influências do governo comunista, presente até 1989. Facilmente encontramos pessoas que viveram nestas épocas, mantendo ainda os costumes e tradições dessa altura.
A Polónia é um país muito diversificado em termos de cultura, sociedade e ambiente, tendo muito para oferecer não só a nível turistico como também a nível de quem cá vive. Para quem gosta de montanhas, planicies, rios, lagos, oceano, sol, natureza, ou neve, a Polónia é um país bastantante rico.
7 – Foi difícil a adaptação a um novo país, a uma nova forma de estar na vida e no trabalho?
8 – Tem alguma experiência caricata que nos possa contar sobre a sua mudança para o estrangeiro?
Contam-se também as vezes que os polacos tentam ensinar-me alguma palavra, que eu mais tarde repito, orgulhoso do que aprendi, a amigos meus, que se riem por eu ter chamado “gado” a uma cafeteira elétrica.
9 – Com que frequência vem a Portugal?
Se é complicado passar estas alturas sem a família e os amigos de Portugal? É, mas também é bom ficar totalmente envolvido na cultura e na forma como estas alturas são passadas num outro país. É defenitivamente uma experiência gratificante.
10 – Do ponto de vista de uma pessoa que esta empregada na Polónia, o que e que o nosso país tem de errado?
Uma das coisas que acho errado em Portugal, enquanto pessoa que terminou o seu percurso académico é o facto de Portugal não aproveitar as fontes de potencialidade e de inovação que saem das instituições de ensino superior, fazendo com que estas pessoas caiam no desespero e acabem por perder as suas capacidades, ou que simplesmentem façam o mesmo que eu acabei por fazer, e saiam de Portugal para procurar uma melhor oportunidade de vida no estrangeiro.
11 – O que aconselha aos portugueses que vivem em Portugal e encontram-se desempregados?
Para qualquer lado que forem, existem sempre portugueses dispostos a ajudar-vos, procurem nas redes sociais, pois é uma forma bastante rápida de colocarem as vossas questões e obterem respostas. Para qualquer questão, podem contactar-me pelo email: vascojdb@gmail.com